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Perfeccionismo na Magia, não cometa esse erro

  • Foto do escritor: Johnny Rodrigues
    Johnny Rodrigues
  • 27 de jun.
  • 6 min de leitura

Naturalmente em nossas vidas, temos a tendência de buscar a lógica e o que faz sentido para nós. Para o nosso cérebro e cognição, digo, para a nossa mente processar informações, ela precisará passar por um processo de assimilação de todos esses dados, é assim que se formam as imagens em nossa visão e a nossa ''concepção'' sobre as coisas, para fazer ao menos um pouco de sentido, o que é um processo bastante natural, que ocorre o tempo todo, seja no nível consciente ou inconsciente. Por si só, esse processo não tende a ser prejudicial, mas a tendência, é que até mesmo esses processos, esses gatilhos, precisam ser ajustados ou corrigidos com o tempo, conforme adquirimos mais maturidade e maior evolução física, mental, emocional e espiritual.

Quando ainda somos jovens, caímos cedo em uma armadilha: a preocupação em não errar e o temor excessivo do julgamento alheio, o que os outros vão pensar e achar de nós e de nossas atitudes. Isto é, elogiam nossos acertos (mas nem sempre), e criticam nossos erros (quase sempre), o que pode levar os outros a nos considerarem inaptos a uma função relativamente simples e, eventualmente, nos faz acreditar nisso como uma verdade absoluta, levando muito tempo e às vezes até terapia para resolver.


Essa preocupação pode ter origem, além da neuroevolução, também pela falta de aptidão na criação de uma criança, que quando jovem, seu erro normalmente levava à punição, e cuja imagem de ''estar bem ou parecer bem'', era importante para seus tutores, como um “cartão de visita” social, mantendo a ilusão de família bem‑sucedida e estruturada. Mas isso não vem ao caso agora.


O fato é que, com o tempo, uma pessoa precisa encarar o ato de ''errar'', como algo muito válido e produtivo, superando tranquilamente, sua necessidade de aprovação ou o seu perfeccionismo. Obviamente, ninguém deve ficar feliz ou comemorar um erro ou uma falha, é normal ter esse processo de chateação e incômodo, como se ''não fizesse sentido''. Sabemos que os erros são excelentes sinais de que algo precisa ser consertado ou, ao menos, melhor trabalhado, e não há nenhum problema nisso.

Na verdade, se algo não sair como esperado ou der errado, melhor que aconteça logo, em vez de demorar. Vejamos o exemplo de uma empresa: se há algo na sua empresa e no seu negócio que você não observou e que eventualmente vai gerar problemas, causando prejuízos e até mesmo uma paralisia em todo o ''ecossistema'', convém identificá‑lo o mais cedo possível. Assim, evita‑se que ele ocorra num momento ou cenário ainda pior. Isso também pode se aplicar a vida cotidiana, muitas vezes reclamamos de uma situação chata que aconteceu, porém se você observar durante toda a sua vida, perceberá que esse mesmo evento, poderia ter acontecido em outras momentos de sua vida, que teria sido ainda muito pior e mais traumático, por isso perder tempo reclamando ao invés de buscar soluções, nem sempre será o mais produtivo.


E sobre os julgamentos?


É válido lembrar que, mesmo sendo um santo, haverá sempre quem o critique e o julgue; sempre terá alguém insatisfeito com você ou por algo que você fez, seja por algum motivo, ou ás vezes sem motivo algum. De toda forma, a grande maioria das pessoas (e espíritos), está mais preocupada com a própria vida do que com a sua. Então, mesmo que você lembre de uma situação desconfortável que você passou ou um erro que você cometeu no passado, que tenha se tornado algo público, o fato é que provavelmente a maioria das pessoas não se lembrarão disso daqui algum tempo, mesmo que você lembre, pois aquilo te impactou de alguma forma no passado. E mesmo que se lembrem, daqui a 50 ou 100 anos, pouco importará. Não que isso seja uma justificativa para cometer diversos erros desnecessários ou começar a ter uma vida de libertinagens e arrogância, mas sim como uma idéia de tirar esse peso dos ombros e usar melhor sua energia e seu tempo.

Portanto, é aconselhável você não ter medo de errar, compreendendo que os erros são um processo fundamental e importante de adaptação e evolução; o problema não é errar, mas sim permanecer no erro. Clichê de fato, mas importante.


Dentro da magia, você precisará estudar diversos livros e grimórios. Nem todos podem fazer sentido a princípio, a magia cerimonial, estudo de latim, hebraico, inglês, a noção de Cabala, Hermetismo... os rituais de limpeza, proteção, exorcismos e conjurações, contatos com espíritos mais complexos, montagem do seu altar e do seu espaço para a magia, uma base de astrologia, demonologia, angeologia, simbologia... fora a jornada de autoconhecimento, de elevação espiritual, do controle físico, mental, emocional e espiritual, compreender a realidade objetiva ao invés da subjetiva, a exponencialidade da sua mediunidade e clarividência, o contato com seu Eu Superior, com seu ego, sua relação com todos os seres, tudo tende a ter uma percepção e mudança em diversos aspectos e níveis inimagináveis e cometer erros faz parte, a preocupação excessiva em não errar nesse processo, pode acabar te levando a caminhos sem saída e um processo de maior exaustão, que em muitas situações, podem sim ser cansativos e demorados. Porém sem dúvidas, serão ainda piores e mais penosos, se você levar o ego e a arrogância como lampião em sua jornada.

É claro que é válido seguir os rituais como ensinado tradicionalmente, as fases da lua corretamente, assim como as semanas, os dias, os elementos apropriados, os sinais dos signos tanto do sol quanto da lua e assim por diante, é válido seguir a ritualística assim como é ensinado nos grimórios passo a passo, porém ficar preso demais a esse perfeccionismo, a querer fazer tudo ''certo demais'', pode acabar limitando muito dos seus resultados e de sua experiência com a magia e com a espiritualidade.


  • Vale mencionar novamente, que isso não deve ser usado como justificativa de pular etapas importantes do estudo teórico e prático, principalmente quando lidamos com magia e espiritualidade.


O mago e a bruxa são ''donos'' da magia e dos astros, não reféns deles. Então, não é porque uma lua não é favorável ou porque um dia não é o mais indicado para um determinado ritual, que você necessariamente vai deixar de fazê-lo, ficar esperando o ''momento perfeito'' pode ser equivocado, porque não é um astro ou uma regra que esta lhe impedindo, mas sim seu perfeccionismo em cometer algum erro, acreditando que isso eventualmente pode ser fatal ou que vai acabar estragando tudo, onde na grande maioria das vezes, não será.

Um último exemplo clássico, é quando lidamos com algum espírito que pode conceder habilidades, oportunidades e milagres; eventualmente podemos ficar horas e dias pensando no que ele pode ou não fazer por nós, baseado na nossa situação, nas nossas circunstâncias... Tentamos enfiar a razão e a lógica humana goela abaixo dos espíritos e do mundo espiritual. Sendo que no plano espiritual, eles têm uma visão muito maior e mais abrangente sobre nós e nossos caminhos. Então enquanto vemos apenas uma ou duas possibilidades, eles estão vendo diversas ao mesmo tempo. Ou seja, querer aplicar nossa lógica humana totalmente em cima do mundo espiritual, além de limitante é um erro.

Uma perspectiva, que talvez dificilmente a gente venha a ter com a limitação humana, por melhor que seja a nossa cognição ou capacidade mental.

Isso de certa forma, não seria limitar a espiritualidade?! No mesmo momento em que vemos apenas aqueles caminhos limitados para a atuação deles e não vemos mais nenhum outro?!

A resposta é; sim.


Então sua excessiva preocupação ou sua mania de querer fazer tudo ''certinho'' ou de não cometer nenhum erro, pode e provavelmente vai, acabar sendo um erro bem mais expressivo e agravante, do que a falta de um material no ritual ou a falta de conhecimento sobre determinado astro ou espírito. Porque sabemos que a mente e a imaginação de um mago, são ferramentas essenciais e importantes durante todo o processo de lidar com a magia e com a espiritualidade.

Assim como o perfeccionismo... a necessidade (ou obsessão) de controlar tudo ou saber de tudo, o que a princípio, até pode parecer um caminho certo, no final pode te levar a uma falha catastrófica, não somente na magia, mais também em várias outras áreas da vida. Daquelas que depois fazem você ficar se perguntando: ''Mas eu busquei fazer tudo certo, seguindo as orientações, então por que deu errado?!''.



- John

 
 
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